segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

                              SOLENIDADE DA SANTA MÃE DE DEUS, MARIA
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O QUINQUAGÉSIMO DIA MUNDIA DA PAZ
A NÃO-VIOLÊNCIA : ESTILO DE UMA POLÍTICA PARA A PAZ.



No início deste novo ano, formulo sinceros votos de paz aos povos e nações do mundo inteiro, aos chefes de Estado e de governo, bem como aos responsáveis das Comunidades Religiosas e das várias expressões da sociedade civil. Almejo paz a todo homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e a semelhança de Deus em cada pessoa nos permitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma imensa. Sobretudo nas situações de conflito, respeitemos esta " dignidade mais profunda " e façamos da não violência ativa o nosso estilo de vida.
Nesta ocasião, desejo deter-me na não-violência como estilo duma política de paz, e peço a Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais. Quando sabem resistir á tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protagonistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz. Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo característico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da politica em todas as suas formas.
A Igreja comprometeu-se na implementação de estratégias não-violentas para promover a paz em muitos países solicitando, inclusive aos intervenientes mais violentos, esforços para construir a paz justa e duradoura. Este compromisso a favor das vítimas da injustiça e da violência não é um patrimônio exclusivo da Igreja Católica, mas pertence a muitas tradições religiosas, para quem " a compaixão e a não-violência são essenciais e indicam o caminho da vida." Reitero-o aqui sem hesitação : " Nenhuma religião é terrorista. " A violência é uma profanação do nome de Deus. Nunca nos cansemos de repetir : " jamais o nome de Deus pode justificar a violência. Só a paz é santa. Só a paz é santa, não a guerra."
O próprio Jesus nos oferece um " manual " desta estratégia de construção da paz no chamado Sermão da Montanha. As oito Bem-aventuranças ( CF. MATEUS 5, 3 - 10 ) traçam o perfil da pessoa que podemos definir feliz, boa e autentica. Felizes os mansos, diz Jesus, os misericordiosos, os pacificadores, os puros de coração, os que tem fome e sede de justiça.
No nascimento de Jesus, os anjos glorificavam a Deus e almejavam paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade ( CF. LUCAS 2, 14). Peçamos á Virgem Maria que nos sirva de guia. No ano de 2017, comprometamo-nos através da oração e da ação, a tornar-nos pessoas que baniam dos seus corações palavras e gestos a violência, e a construir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum. " Nada é impossível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz."



( FONTE : FOLHETO LITÚRGICO DA ARQUIDIOCESE DE BRASILIA, O POVO DE DEUS).





 

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