quarta-feira, 13 de maio de 2015

                                                     A Igreja existe para ser missionária

Evangelizar constitui a missão da Igreja, sua identidade e sua própria razão de ser. O Senhor Jesus dá aos discípulos, a Igreja nascente, o mandato desta missão : ¨ Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.¨ ( MT 28, 19-20 ).
A Igreja existe para anunciar e ensinar, para ser testemunha da graça, reconciliar a humanidade com o Pai misericordioso e perpetuar o sacrifício de Cristo na Santa Missa, memorial de sua paixão, morte e gloriosa ressurreição. A origem da missão da Igreja está na missão do Filho e do Espirito Santo, enviados pelo Pai ao mundo.
A atividade missionária da Igreja iniciou-se na madrugada do domingo de Páscoa, quando Maria Madalena e outras mulheres foram ao túmulo de Jesus e o encontraram vazio. Logo ouviram a alegre notícia : ¨...Não vos assusteis! procurai Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! não está  aqui! vede o lugar onde o puseram! Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro: ¨ Ele vai  á vossa frente para a Galileia. Lá o vereis, como ele vos disse!¨ ( MC 16, 6-7 ).
Maria Madalena correu ao encontro dos discípulos e anunciou-lhes a notícia da ressurreição de Jesus. Em Pentecostes, começou a missão de anunciar o Reino de Deus a todos os povos da terra, missão que permanece até hoje. Após vinte séculos, existem ainda povos que não ouviram o anúncio de Jesus Cristo. Mesmo em nossas cidades existem pessoas, ambientes e culturas que não conhecem a Boa Nova.
Através da ação da Igreja, a Palavra de Deus se difunde no mundo. O Livro Atos dos Apóstolos narra a história das primeiras comunidades e a ação dos Apóstolos, principalmente dos apóstolos Pedro e Paulo. Nos Atos dos Apóstolos, se lê que a palavra crescia e se multiplicava. Desejava, assim, anotar que  cresciam e se multiplicavam os que ouviam a Palavra, acolhiam-na e se tornavam discípulos de Jesus.
Jesus é o missionária do Pai. A missão que ele confia aos seus discípulos é a sua mesma missão. É nele, pois, que o discípulo missionário tem a fonte permanente do seu ardor missionário e a sabedoria profética para anunciar o Evangelho da vida. O encontro com Cristo Vivo, missionário do Pai, como experiencia pessoal na comunidade de fé, alimenta o missionário e reaviva permanentemente o seu ardor.
Foi o que aconteceu com a Samaritana ( CF. JO 4, 1-26 ) e com os primeiros discípulos ( CF. JO 1, 19- 51).
A experiencia do encontro com Cristo muda radicalmente a vida, como aconteceu com Zaqueu ( CF. LC 19, 1- 10 ) e Paulo ( CF. AT 9, 1-22 ). É uma experiencia única, muito bonita, que precisa ser comunicada, compartilhada.
Na Eucaristia, nós nos encontramos com Cristo de modo muito especial. É na Eucaristia que a missão encontra sua razão de ser, sua identidade.
É alimentada por ela que a missão se compreende como prolongamento do próprio Cristo e nunca como proselitismo, propaganda ou coisa de mercado. A Eucaristia é também o objetivo profundo da missão:  fazer com que todos se tornem discípulos de Jesus, realizando o encontro pessoal com ele e vivendo unidos a ele.
A missão é, para a Igreja, o primeiro e mais importante serviço que ela presta ao ser humano. Nenhum membro da Igreja está dispensado da missão.
Os pais, as famílias, os jovens, todos são missionários.
As dioceses e as paróquias devem desenvolver uma ação planejada e preparar seus missionários com cuidado. Para atingir a todos, são necessárias comunidades de envio, de acolhida e de compromisso com a defesa da dignidade humana, com a preservação da vida e com a salvação de todos.




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